Para quem está disposto a experimentar, novas experiências podem surgir a cada momento

A bebida ideal é aquela que a gente mais gosta de beber, certo? Se pensarmos de uma forma mais simplória, é isso mesmo. Mas você já parou para pensar o que nos faz gostar de uma bebida e de outra não? Muitas vezes, essa preferência é inconsciente, e não leva em conta os perfis de sabor e as características de cada tipo, além de como essas combinações podem resultar em novas descobertas de gostos. 

O café, por exemplo, é uma bebida complexa, capaz de oferecer diferentes experiências de sabor e aroma. Conhecê-lo e ter a disposição de explorá-lo é a chave para escolher o ideal, que irá te acompanhar no dia a dia. Um café intenso é perfeito para quem gosta de sabor marcante e encorpado, enquanto os de sabor suave costumam ser mais versáteis para harmonizações. 

Nessa descoberta pelo café ideal, muitos fatores entram em cena. A torra, o método de preparo e até mesmo a origem dos grãos influencia na aventura sensorial. Entender essas variações irá te ajudar a escolher o café que mais te agrada e aproveitá-lo da melhor forma possível. Quer dar o primeiro passo nessa busca? Continue a leitura conosco!

Intensidade e torrefação: o impacto no sabor

A intensidade do café é aquele tipo de característica que todos estão familiarizados de alguma forma, já que faz referência direta ao sabor no paladar. Ela é determinada pela torrefação, ou seja, a forma e o tempo com que o café foi torrado antes de chegar às gôndolas. 

Os cafés de torra clara são os que oferecem sabor mais suave, com acidez marcante e as notas originais do grão – que podem ser, por exemplo, de frutas cítricas ou flores. Se você gosta de um café mais leve e complexo, essa é uma boa pedida. 

Existem também os cafés de torra média, que costumam equilibrar acidez e doçura. Eles são mais encorpados e o sabor costuma ter aquele toque de caramelo. Versáteis, combinam com muitos métodos de preparo, como a coagem e a prensa francesa. 

Agora, se você é o tipo de pessoa que gosta de intensidade, então sua escolha provavelmente será por um café de torra escura. Intensos, eles têm um sabor robusto e notas que lembram chocolate amargo, caramelo queimado e especiarias. Esse tipo de café é perfeito para começar o dia com energia e sabores marcantes. 

A importância da origem dos grãos

Você já deve ter visto nos livros de história que o Brasil é o maior produtor de café do mundo há alguns séculos. O que você talvez não saiba, é que o café também é cultivado em muitas outras regiões do mundo, e cada uma delas proporciona um perfil de sabor diferente – seja pelo solo, clima ou umidade. 

Cafés africanos, com destaque para os da Etiópia e Quênia, normalmente apresentam notas de frutas vermelhas e flores, além de uma acidez marcante. Já os cafés brasileiros (o que naturalmente mais consumimos) são famosos por sua doçura natural, com notas que lembram chocolate, amêndoas e o já citado caramelo. 

Métodos de preparo e harmonização

Imagine só: desde o cultivo, passando pela torrefação, o café que você irá consumir já vem adotando sabores e aromas únicos. Como se não bastasse toda essa jornada, ele também irá incorporar novas características a partir do método de preparo que você escolher. 

Cada técnica extrai diferentes elementos dos grãos, destacando aspectos diferentes. O espresso é famoso por sua intensidade e corpo aveludado, ideal para uma dose rápida e marcante. Já o coado, é mais suave e sutil, perfeito para realçar aquelas notas mais complexas, como as florais e frutadas. 

Além do preparo, o café também te abre um universo de possibilidades de harmonização. Cafés intensos vão muito bem com chocolates amargos, queijos maturados e aquelas sobremesas bastante doces. Os cafés mais delicados, por sua vez, são perfeitos de serem acompanhados com frutas ou biscoitos leves. A chave está em uma única palavra: experimentar.